quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nota-se.






E são nas noites estreladas que eu canto o meu luar
Pela manhã o sol levanta e o calor há de instalar
Estalos pelo quarto sobressaltam, são 03:03 da manhã e almas ressurgem.
Troco a noite pelo dia, nos dias em que gosto de cantar.
Amor imaturo fere tanto até que cura
Nota-se aos fundos certa ternura no olhar...
Viver como ar, fazer do céu o teto e da terra a eterna amada.
Assim formo a minha armada.
Coração à prova de balas.
Ele blindado tornou-se ao ser acertado pela arma
E nos fundos certa ferrugem que nem a química ousa explicar
Uma vertigem, que acabou de começar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Saudades fatais.







Não há o que pensar e muito menos como dizer
Você se foi deixando apenas rastros.  Rastros que não desejo ver.
Cheguei a pensar em alguma desculpa no intuito absurdo de te fazer voltar.
Nada a declarar.
Te escrevo mensagens, falo bobagens tudo fruto da saudade.
 Mas não ouse voltar.
Na luta de manter essa pureza, na poeira encontrar a certeza e da angústia aproveitar. 
E não ouse voltar.
Tentar manter desse amor a chama acessa.
Nada a declarar.
Vagando pelo vazio sem saber nada sobre essa tal de solidão.
Inquietude divina, falsa plenitude, nada muito bom.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Independência, ou sorte.



Sir, meu amado.  A independência é a ladra da boa vontade do riso. É sempre assim que me sinto logo de início:
Como uma casa cheia, em festa, dançante. Cheia de calor, mas aquele calor de alegria fosse  algo não muito bom no final. Já te falei não é meu caro?  Não gosto de finais, nem felizes nem tristes simplesmente não gosto de finais. 
Me vejo repartida entre as estrelas às que ganhei, às que desejei, sobretudo as que não vejo, às que não sei. Mas quem as sabe? Estrelas, só buscamos de noite… Não vamos nos enganar, felicidade demais é sinal de tristeza profunda. E não posso mentir e dizer que ignoro e que  sim, ainda procuro aquilo que me resta. Vai ver eu perdi o teu endereço, teu telefone. Ou talvez só me falte vontade de pertencer à festa.

sábado, 19 de janeiro de 2013

O tudo do nada.





E o que há de se fazer?
Paixão era o que definia você.  Paixão não é amor é dor.
Para muito poucos amores.
O tempo desgasta e despacha.
Nada além de temores.
Nada de carinho, descuido.

Nada de sexo, whisky e cigarro.

Nada de presença, ausências.

Nada de vindas, idas.

Nada de tudo.
No meio dos cegos o mudo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013




 Andando até a varanda, segurando uma xícara branca com um chá até a metade  com uma das mãos, na outra um pote com açúcar e uma pequena colher dentro. Foi até a porta, parou, ficou ali. Olhando para o jardim, pensando no quão vazia sua vida havia se tornado. Não queria chorar, não podia. Percorreu a sala viu o conjunto de mesa e cadeira que amontoava mais um conjuntos de coisas velhas, livros e mais livros, fotos e mais fotos, mofo e mais mofo. Percebeu também que o conjunto ali estava durante anos... E só agora havia percebido o quão bonito ele era, beleza escondida atrás de velharias e nostalgias. Pegou um  livro que ali estava, correu e correu deveras preocupada em não se queimar e nem gastar o chá. Correu jardim a dentro, por uma trilha que ali  havia se formado, correu até chegar no seu lugar favorito, seu esconderijo. 
Explorou, explorou e explorou, chorou mesmo não querendo mesmo não podendo, aquilo que estava ali em baixo do mofo e poeira, era sua vida, e que vida era essa… Chorando pensou que usou toda velocidade que pode para chegar ali, para estar ali. Um sorriso brotava entre seus lábios. Após minutos estava sentada  em uma cadeira colocando a xícara e o pote de açúcar na mesa, suas mãos tremiam de uma forma que nem se estivesse sentindo o pior dos frios poderia explicar o porque de tanto balançar, talvez seja obra da saudade, pensou. Colocou  açúcar em seu chá que ali esfriava dissolveu o mesmo com movimentos circulares e levou o chá  - muito doce- a boca. Mas antes que pudesse bebê-lo sorriu, sentiu algo, uma dor, que não era saudade, uma dor que de tão grande a fez cair… Caiu dura no chão, imóvel. Iria finalmente descansar o seu único pesar foi não ter  bebido aquele maldito chá!

Vou indo.





Já fui um livro.
Já um fui um texto
Já fui uma estrofe.
Já fui um verso.
Já fui uma palavra.
Já fui uma letra… 
Já fui. 
Agora sou um folha em branco.
Esperando um novo começo, ou um recomeço, quem sabe.

Saudades Fatais.



Não há o que pensar e muito menos como dizer
Você se foi deixando apenas rastros.  Rastros que não desejo ver.
Cheguei a pensar em alguma desculpa no intuito absurdo de te fazer voltar.
Nada a declarar.
Te escrevo mensagens, falo bobagens tudo fruto da saudade.
 Mas não ouse voltar.
Na luta de manter essa pureza, na poeira encontrar a certeza e da angústia aproveitar.
 E não ouse voltar.
Tentar manter desse amor a chama acessa.
Nada a declarar.
Vagando pelo vazio sem saber nada sobre essa tal de solidão.
Inquietude divina, falsa plenitude, nada muito bom.